Metro do Porto.
Porto.
Eduardo Souto de Moura.
Coordenador:
Adriano Pimenta.
Colaboradores:
André Campos, Ricardo Tedim, Ricardo Carrilho, Joana Pinho, José Carlos Mariano, Bernardo Durão, Diogo Crespo, Manuel Pais, Nuno Flores, Nuno Lopes, Tiago Coelho, Tiago Figueiredo, Eduardo Pereira, Pedro Chimeno.
O poeta Pablo Neruda quando recebeu o Prémio Nobel, incluiu no seu discurso de agradecimento um fragmento de Rimbaud: “… ao amanhecer, armados de uma ardente paciência, entraremos nas esplêndidas cidades”.
Quando descermos de manhã, a Av. da República vindos de Stº. Ovídio e atravessarmos a Ponte Luís I, “… armados de uma ardente paciência, entraremos numa esplêndida cidade, o Porto”.
A NORMETRO não tendo prioritariamente uma vocação poética, tentou incluir essa componente no seu projecto do metro de superfície.
Parecendo inicialmente “quase” impossível compatibilizar as rigorosas regras técnicas que determinam o sistema, com a acidentada topografia do Centro Histórico, fomo-nos ao longo do projecto, apercebendo da sua viabilidade.
Com o desenvolvimento do trabalho, algo que poderia parecer um obstáculo, um sistema fechado e incómodo, veio a transformar-se num factor de redesenho da cidade.
Pequenas alterações de cotas de ruas, reajustes de concordância de guias, pavimentos, jardins, árvores, iluminação e mobiliário urbano, são alguns dos pontos de requalificação que o metro de superfície sugere, que a cidade precisa e que não podemos adiar.